6 tendências para vídeos digitais em 2019
Os universos de TV e OTT (Over the Top) estão em constante mudança para se adequar ao consumo de vídeo e streamings. Por sua vez, as companhias buscam investir na produção de vídeos para engajar melhor a audiência, que tem mostrado ano após ano sua preferência em consumir este tipo de conteúdo. De acordo com uma pesquisa feita pela Provokers, em parceria com a Box 1824, a audiência de vídeos digitais aumentou 135% no Brasil nos últimos quatro anos.
Diante desse cenário de crescimento acelerado, aqui estão 6 previsões para o mercado de vídeo digital em 2019, especialmente nos EUA.
1) A taxa de cancelamento de TV a cabo continuará crescendo em ritmo acelerado
A taxa de pessoas que cancelam seus serviços de TV por assinatura continuará crescendo em ritmo acelerado. Essa queda será impulsionada pela crescente adoção e serviços OTT, que vão mais do que dobrar sua audiência nos Estados Unidos nos próximos quatro anos.
2) Pelo menos uma rede social vai reduzir seus investimentos em conteúdo de vídeo
Facebook, Instagram, Twitter e Snapchat estão investindo bilhões na produção de vídeos para suas respectivas plataformas, mas o modelo de negócio para esse tipo de programação não está claro. A maneira mais eficaz de gerar receita com vídeos longos é por meio de anúncios pre-roll e mid-roll. No entanto, a maioria dos programas de vídeo em redes sociais é voltada para a visualização em dispositivos móveis. Um recuo nos gastos parece inevitável.
3) A concorrência por assinaturas vai impactar significamente pelo menos um grande serviço de streaming
Atualmente as pessoas já têm dificuldade de definir em quais dos serviços de streaming vão investir seu dinheiro e assinatura. Acrescente a essa indecisão o fato de que em 2019, AT&T (com conteúdo de Warner Bros., HBO e Turner) e Disney devem também entrar para o mercado de streaming e lançar seus serviços. Fica muito claro que alguns dos serviços já estabelecidos vão sofrer o golpe do aumento da concorrência, ao mesmo tempo em que precisarão aumentar o preço das assinaturas.
4) Qualquer passo em falso da Netflix vai levantar sérios questionamentos sobre seu modelo de negócio
No segundo trimestre de 2018, a Netflix não atingiu suas metas de assinantes. Ainda assim, no mesmo período, a empresa se recuperou, mas isso não a isola de ser questionada sobre como pretende se posicionar em 2019.
A simplicidade do modelo de negócio da Netflix é a sua força e a sua fraqueza. De um lado, o fato da companhia ter apenas um produto a torna muito focada. De outro, com assinantes como única métrica importante, e com a Netflix rumando para um provável ponto de saturação de assinantes nos EUA, é preciso imaginar o que acontecerá a seguir. Se 2019 não é o ano que a empresa vai tirar um coelho da cartola, quase certamente que 2020 será.
5) Apple vai finalmente entrar no mercado de TV
Durante anos, a Apple sinalizou sua intenção de competir nesse mercado, primeiro desenvolvendo um produto chamado Apple TV e, mais recentemente, anunciando que gastaria US$ 1 bilhão em conteúdo original em 2018. Não está claro como a Apple poderia abordar esse negócio ou por quê.
Mas, devido à força da sua marca, sua expertise em tecnologia e seus laços com Hollywood, é difícil visualizar uma parte do ecossistema de TV no qual a empresa não possa competir.
6) Anúncios em TVs Conectadas vão continuar crescendo
A publicidade em TVs Conectadas continuará crescendo e a previsão é de que 20% seja negociada de forma programática.
*Fonte: eMarketer