Relatório indica tendências para mídia digital nos próximos anos (e previsões são muito boas)
A receita com publicidade digital nos Estados Unidos não para de crescer e, no primeiro semestre de 2018, alcançou o valor recorde de US$ 49,5 bilhões, segundo relatório do escritório norte-americano do IAB. Até o final deste ano, a expectativa é que os investimentos digitais nas terras do tio Sam atinjam US$ 111,14 bilhões, superando as previsões para o período.
O cenário é bastante animador nos próximos anos para quem acredita no potencial do digital. Pelo menos é o que mostra um recente relatório desenvolvido pelo eMarketer em parceria com a Criteo. Segundo o documento, os investimentos em publicidade digital estão prestes a ultrapassar a receita gasta com mídias tradicionais nos Estados Unidos.
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Até 2020, a mídia digital será responsável por quase 65% do total de gastos com anúncio, considerando mobile com a maior fatia de investimento (quase 49%) e desktop com 16,1%. Os gastos com publicidade em TV representarão 23,5% do total, enquanto mídia impressa continuará perdendo força e acumulará apenas 3,3% da receita, de acordo com o estudo.
Confira algumas previsões de investimento para os próximos dois anos no que se refere a programática, vídeo e mobile:
Mídia Programática
Nos Estados Unidos, mídia programática é publicidade em display. Enquanto que até o final de 2018, os gastos com esta forma de compra automatizada somam US$ 48 bilhões, a previsão é que até 2020, este número alcance a marca dos US$ 69 bilhões, representando uma fatia de 86,3% dos investimentos com mídia display.
Para se ter uma noção da força da programática no mercado norte-americano, a estimativa é que hoje mais de US$ 4 de cada US$ 5 investidos em anúncios display são transacionados programaticamente. Mais de 4/5 de anúncios display em mobile e vídeo também são negociados programaticamente.
Anúncios em vídeo
A previsão é que os investimentos com anúncios em vídeo alcancem US$ 50,63 bilhões em 2022, quase o dobro dos US$ 27,82 bilhões investidos em 2018.
Mobile
Até 2020, os gastos com anúncios em mobile vão superar todos os investimentos em mídias tradicionais. De acordo com estimativas descritas no relatório, a receita destinada à publicidade em dispositivos móveis será de US$ 76,17 bilhões. É um número maior do que os investimentos em anúncios na TV (US$ 69,87 bilhões) e significativamente maior do que mídia impressa (US$ 18,74 bilhões), rádio (US$ 14,41 bilhões) e out of home (US$ 8,08 bilhões).
Já para o final de 2022, a expectativa é que os gastos com publicidade mobile (US$ 141,36 bilhões) mais do que dobrem o valor destinado a compra de mídia na TV (US$ 68,13 bilhões).
Para onde está indo esse investimento?
A liderança dos gigantes Google e Facebook ainda se mantém intocada por um bom tempo segundo a pesquisa. Hoje, Google (37,1%) e Facebook (20,6%) recebem 57.7% dos investimentos, ou seja, 64 bilhões de dólares. Ainda que Jeff Bezos e seu império estejam em extrema evidência, a Amazon ainda é o destino de “apenas” 4,1% dos investimentos. Ainda assim, até 2020, esse número chegará a 7% e quase 11 bilhões de dólares.
As indústrias
O top 3 das indústrias que mais investem em digital são:
– 1º lugar: Varejo (21,9%)
– 2º lugar: Mercado automotivo (12,6%)
– 3º lugar: Serviços financeiros (12,2%)
Previsões para 2019
1) Engajamento por vídeos em redes sociais
Com Youtube e Instagram em alta, a tendência é que os profissionais de marketing busquem engajamento nas redes sociais por meio de vídeo, inclusive otimizando soluções criativas em tempo real.
2) CPM’s mais interessantes
As marcas e o varejo enxergam cada vez mais as audiências de e-commerces como importantíssimas para suas conversões. Dito isso, a tendência é que eles vão pagar mais nos CPM’s exigindo páginas mais dinâmicas e personalizadas que resultem em awareness, consideração e conversão. Todas etapas do funil.
3) Anúncios inteligentes e em todo lugar
O foco não é mais oferta de produtos, mas sim de experiências. É hora de aproveitar os infinitos espaços onde se é possível fazer publicidade, mas de uma maneira inteligente, transparente e prazerosa para o potencial cliente. Um caminho para isso? Personalização!
Fonte: informações retiradas do relatório US Digital Advertising, desenvolvido pelo eMarketer