Anúncios digitais: quais os principais formatos e quando usá-los?
Investir em mídia digital deixou de ser uma alternativa e passou a ser uma obrigação para quem quer alavancar suas vendas e atingir o público certo. Mas quais são os principais tipos de mídia digital e quando investir em cada uma delas? Essas são as perguntas que responderemos ao longo deste artigo.
Já são pelo menos 125 milhões brasileiros conectados à internet (69,8%), sendo que 73% do tempo que ficamos conectados é via mobile. No que se refere ao investimento em mídia digital, os números também são muito favoráveis: em 2018, o Brasil investiu 4.55 bilhões de dólares em digital. A previsão para 2022 é que esse número chegue a 6.48 bilhões, com o mobile sendo responsável por 5.05 bilhões.
Search
Qual é a primeira coisa que alguém faz hoje quando tem uma dúvida? Pega o smartphone e faz uma pesquisa, certo? Não é por acaso que são feitas 3.5 bilhões de buscas por dia no Google, ou seja, 1.2 trilhões por ano. Uma marca bem posicionada nas buscas relacionadas ao seu produto/serviço com certeza vai aproveitar melhor essa audiência.
Existem duas maneiras de aparecer nas primeiras posições de uma página de busca: por SEO (conjunto de técnicas que potencializam o posicionamento orgânico do produto ou serviço) ou por Paid Search.
O Paid Search é quando um anunciante patrocina um link para que ele chegue aos espaços nobres de um site de busca. É claro que, quanto maior o investimento, maiores as chances de um determinado link estar bem posicionado. Ainda assim, os algoritmos dos sites de busca levam em consideração a combinação de palavras-chave e qualidade do site para onde aquele anúncio direciona, por exemplo.
As novidades em Machine Learning têm ampliado os horizontes dos profissionais de Marketing, como, por exemplo, o responsive Search Ads anunciado pelo Google no meio de 2018. Ele permite a criação de diversos títulos e descrições para um anúncio e a própria máquina os combinam de acordo com o desempenho e engajamento.
Olhando do ponto de vista de gerir as campanhas de Search, o Search Ads 360 é a principal plataforma do mercado. Por meio dela, as agências e profissionais de marketing conseguem analisar e gerenciar o desempenho dos anúncios/palavras-chave em diversos mecanismos de busca e canais de mídia, inclusive fora do Google.
Quando investir
Um usuário que pesquisa algum produto ou serviço em um site de busca já está propenso a adquiri-lo. Por conta disso, a estratégia de Search é mais efetiva para impactar potenciais consumidores que estão na fase de meio/fundo de funil, ou seja, já está interessado e caminha para avaliar as possibilidades (consideração) e converter.
Em datas comemorativas como Black Friday e Dia dos Namorados, o investimento em Paid Search também é um ótima opção, já que, Black Friday, por exemplo, 86% das pessoas usam buscas online para encontrar os produtos.
Display
Os anúncios display são os mais utilizados quando falamos em tipos de mídia digital. Dentro do guarda-chuva intitulado de “Display”, estão formatos como banners e rich media, por exemplo. Eles podem estar distribuídos por espaços específicos nos sites e até mesmo no meio de conteúdos. Ele transmite a mensagem desejada de forma rápida e de fácil acesso aos usuários.
Os EUA, por exemplo, investiram 67 bilhões de dólares em display no ano passado, o que representa mais da metade dos investimentos totais do país em digital.
Atrelar a Mídia Display à Programática faz com que as campanhas se tornem muito mais automatizadas e assertivas, já que os banners (se for o caso) são entregues de acordo com os dados comportamentais dos usuários por meio de leilões em tempo real.
Quando investir
A mídia display é ideal para atuar nas fases de topo de funil, com o intuito de gerar awareness e reconhecimento de marca. Isso se dá exatamente pelo fato de que conseguir entregar uma grande quantidade de impressões para um alto número de pessoas as quais vão criar familiaridade com a marca.
Traçando um paralelo com os grandes eventos citados em Search, o display também é importante, mas deve constar na estratégias meses antes das datas comemorativas. Na fase de meio de funil (consideração) o display se mantém importante, desde que traga mensagens incisivas aos usuários, já os convencendo que a sua marca é a melhor opção.
Vídeo
O formato de vídeo também está dentro do guarda-chuva de display, mas merece um destaque especial pelo fato de ser o formato que mais cresce em popularidade e tem se tornado o queridinho dos profissionais de marketing. Um vídeo publicitário tem o potencial para trazer elementos que não são possíveis em um banner, por exemplo.
Eles podem trazer mais detalhes, ter uma locução etc. Inclusive, seu funcionamento é bem parecido ao de banners tradicionais, só que no lugar de texto + CTA, é veiculado o próprio vídeo.
Quando investir
Assim como os outros formatos display, também atua nas fases de topo do funil e na construção de uma imagem da marca. Contudo, como dito acima, o vídeo abre um leque maior de possibilidades em relação aos outros formatos, possibilitando mensagem mais incisivas e emotivas.
Native
Os anúncios em Native é um outro tipo que também está em alta no mercado digital por oferecer uma solução muito interessantes para as estratégias de marketing: eles se adequam esteticamente ao contexto que estão inseridos para não “atrapalhar” a experiência do usuário.
Dizendo de uma maneira simples, eles têm cara de conteúdo, não de anúncio. Para se ter uma ideia, a taxa de cliques em anúncios Native costuma ser 10x maior que a de banners comuns, prova de que essa “camuflagem” de fato funciona e interessa aos usuários.
Quando investir
Também focada no topo de funil (awareness e reconhecimento de marca), o Native ajuda a fazer com que as pessoas conheçam o seu produto/serviço enquanto navegam em sites que já estão acostumados, aumentando seu tráfego.
Mídia em Redes Sociais
É claro que as redes sociais não podem ficar de fora quando falamos em oportunidades de anunciar no meio digital. Até porque, já não são mais restritas apenas ao quarteto Facebook, Instagram, Linkedin, Twitter, por mais importantes que ainda sejam. O Facebook, por exemplo, tem em torno de 130 milhões de usuários mensais brasileiros.
O Instagram já bateu mais de 50 milhões e é o preferido dos anunciantes por conta do seu engajamento e possibilidades de formatos de anúncio.
Fora do quarteto, temos a ascensão de redes como o Waze e, talvez o mais autêntico deles, o Spotify. A maior empresa de streaming de áudio no mundo oferece opções de anúncios em áudio, vídeos para desktop, display e diferentes tipos de banners. A própria Mídia Programática está ganhando espaço no mercado de streamings de áudio e deve se tornar cada vez mais comum nos próximos anos.
Quando investir
Em redes como Facebook, Instagram, Twitter e Linkedin, os usuários podem interagir com os posts patrocinados, o que já cria uma identificação na conexão entre consumidores e marcas. Diante disso, os social ads também são uma boa oportunidade para levar sua marca aos potenciais consumidores, trabalhando no topo e meio de funil.
É possível segmentar os anúncios para atingir o público desejado de acordo com informações de localização, sexo, idade idioma, por exemplo.
Remarketing
Considerada uma das estratégias mais eficientes em conversões, o Remarketing consiste em fazer exatamente o que o nome diz: fazer marketing novamente para a mesma pessoa.
Funciona assim: suponhamos que um usuário fez uma busca sobre um determinado serviço ou produto mas não finalizou a compra. Isso serve também para uma inscrição não finalizada, o download de algum material etc. A proposta de uma estratégia de remarketing é impactar esse usuário novamente, como se fosse o empurrãozinho que falta para ele converter.
Um relatório do Atlas mostrou que 58,5% das vendas nos e-commerces vieram de visitantes que estavam retornando ao site após uma visita anterior, por exemplo.
Se aliar o remarketing à ferramentas como o Google Ads e o DV360, é possível elaborar ainda mais as estratégias, personalizando as mensagens de acordo com as etapas que cada usuário passou.
Quando investir
Como o Remarketing impacta usuários que já demonstraram propensão em adquirir um determinado produto/serviço, podemos dizer que ele atua nas fases de meio e fundo de funil. Como dito acima, é aquele empurrãozinho final para a compra.
Já que seu foco é mesmo a venda, se sua marca é nova e está em um momento de construção de nome e reconhecimento do público, o Remarketing não é uma boa opção.