O futuro da publicidade: como as pessoas estão consumindo propaganda e tendências
Smartphones, assistentes virtuais, comandos por voz, 5G… é impressionante como o mundo evoluiu tecnologicamente desde o surgimento dos primeiros computadores e da internet. É claro essa revolução foi acompanhada também por uma mudança na maneira de consumir conteúdo e publicidade no mundo.
Dentro desse contexto, podemos destacar, dentre muitas outras tendências, a confirmação do mobile como a plataforma do momento. Segundo o eMarketer, o mobile já recebe 67% dos investimentos de mídia digital nos EUA.
Unindo isso ao fato de que a previsão para 2019 é de que 4,68 bilhões de pessoas tenham smartphone ao redor do globo, fica claro como a escalada só tende a aumentar.
Junto ao boom do mobile, vêm também alguns questionamentos de como não deixar os devices tomarem conta da nossa vida por um excesso de screen time.
É nesse momento que a voz se torna um personagem fundamental na forma de usuários terem contato com conteúdo e publicidade. A tendência é que o áudio advertising ganhe seu espaço para aproveitar os momentos em que ninguém está olhando para as telas. Ainda mais com o aumento dos assistentes virtuais por voz nos lares.
O digital também se posiciona cada vez mais como o queridinho dos usuários e, consequentemente, dos investimentos publicitários. Dos 630 bilhões de dólares investidos em publicidade no mundo em 2018, 43% foram destinados ao digital. Até 2020, estima-se que deva bater os 50%, também segundo o eMarketer. Isso mostra claramente o comportamento dos usuários, cada vez mais conectados.
TV’s e OTT’s
O que os estadunidenses chamam de “cable cord-cutting” também são uma tendência de caminho de volta. O termo se refere aos usuários de TV a cabo e telefone fixo que estão cancelando seus planos diante de cada vez mais possibilidades de contratar streaming de vídeos e fazer ligações por apps mobile.
Com isso, as TV’s conectadas ganham espaço e vão se tornar um veículo importante para os usuários serem impactados com publicidade. No Brasil, por exemplo, já são mais de 17 milhões delas na mão de 20 milhões de pessoas.
Os viciados em Netflix, por exemplo, já são uma oportunidade descarada, mas ainda pouco aproveitada pelo mercado de publicidade, mesmo nos EUA.
Por lá, a grande maioria do inventário televisivo é negociado manualmente. Apesar disso, 68% das marcas já pensam em integrar digital e TV neste ano, segundo a Adobe.
Os anúncios programáticos em TV também estão em crescente (por mais que ainda tenha números pouco expressivos). Em 2019, 5% deles serão programáticos. Mais um termo do momento: automação!
Do ponto de vista do consumidor, a automação de publicidade em todos os tipos de plataformas é, sim, positiva. É essa automação apoiada em Machine Learning e IA que ajuda a entregar anúncios mais direcionados e sinérgicos com suas necessidades e comportamentos.
Isso tende a trazer uma postura de aceitação das publicidades por parte de quem está sendo impactado.
Um dado curioso da Adobe também mostra como as diferenças de geração impactam nas formas de se conectar.
Metade da geração Z e 42% dos Millenials acreditam que as redes sociais são mais relevantes que as outras plataformas. Enquanto isso, a geração X e os Baby Boomers ainda tem a publicidade televisiva tradicional como preferência.
Resultado disso? Em 2018 foram $17,24 por usuário investidos em rede social, num total de 51,3 bilhões. E esses números devem crescer pelo menos 10% a cada ano.