6 tendências para o mercado de mídia em 2020 (e anos seguintes)
Mais da metade dos orçamentos globais deverá ser alocada para a publicidade digital em três anos, o que representará um incremento de cerca de US$100 bilhões. É o que revela a pesquisa “20ª Tendência de Mídia e Entretenimento”, realizada pelo IAB Brasil em parceria com a empresa de pesquisa e consultoria PwC.
O levantamento descreve um mundo em transformação – conduzida pela convergência de negócios, pelo empoderamento do consumidor e por mudanças de hábitos. O reflexo disso é que a publicidade digital avançou 18% em 2018 em relação ao ano anterior, evidenciando que os anunciantes estão mais confiantes em direcionar seus investimentos para os canais online.
Abaixo, você confere alguns dos principais destaques do estudo que traz as tendências que nortearão comportamentos de consumo e gastos com mídia nos próximos anos.
1. Dispositivos móveis abocanham maior parte dos investimentos publicitários
O comportamento digital e móvel do consumidor direciona as receitas de publicidade digital para dispositivos móveis. No Brasil, os investimentos em publicidade móvel devem ultrapassar a fixa em 2021. A tecnologia altera o comportamento do consumidor e as empresas precisam estar preparadas, especialmente para oferecer uma experiência amigável no ambiente móvel.
2. Consumo de notícias online pagas cresce
Nos últimos anos, vimos que o consumo de notícias online gratuito e de baixo custo foi responsável pelo encolhimento dos segmentos de jornais e revistas, agravando a dificuldade de monetização dos veículos.
Esse cenário mantém-se desafiador nos próximos anos, contudo, a pesquisa indica que há uma luz no fim do túnel para editoras e grupo de mídia. Isso porque o gasto com leituras em plataformas digitais aumentará no período de 2018 a 2023, avançando de 4% a 9% em revistas, 7% a 9% em livros e 4% a 8% em jornais. Oportunidade que deve ser abraçada por publishers por meio do investimento em estratégias direcionadas por dados com objetivo de entregar conteúdos cada vez mais relevantes e personalizados aos usuários.
3. Comportamento do consumidor impulsiona investimentos em vídeos display
À medida que o consumo de conteúdos distribuídos por serviços de streaming aumenta, os anúncios em display de vídeo vão atrair a maior parte (19%) dos investimentos em publicidade digital até 2023.
Os gastos para assistir conteúdos em meios tradicionais seguem expressivos, mas estão reduzindo diante do avanço do streaming. Em 2023, cerca de 85% dos gastos dos brasileiros serão direcionados para serviços offline de conteúdo (TV paga, cinema etc.) – em 2014, esses gastos representavam 98%.
4. Gastos com áudio digital disparam
Enquanto os gastos com consumo de áudio tradicional crescem apenas 4% ao ano, o digital avança 15%, revela o estudo. A explosão dos podcasts e aumento do consumo de serviços de streaming de música vai inserir o áudio no budget dos profissionais de marketing em 2020. Cerca de 63% dos profissionais de marketing de todo o mundo planejam elevar os gastos em podcast no próximo ano, prevê o Kantar.
Diante dessas oportunidades, a PwC e o IAB projetam que grandes players do setor de áudio somarão forças para oferecer ofertas personalizadas de assinatura de streaming.
5. Apps abocanham gastos com games digitais
Os gastos dos brasileiros com jogos digitais movimentarão US$ 1,4 bilhões em 2023, impulsionando consequentemente os investimentos de publicidade em games, especialmente a in-app. Segundo a Pesquisa Game Brasil 2018, cerca de 75,5% dos brasileiros se distraem com jogos eletrônicos, independentemente da plataforma. Diante disso, a pesquisa da PwC em parceria com o IAB mostra que os dispositivos móveis (apps de jogos) são o meio predileto para realizar atividade, à frente dos PCs e consoles.
6. Uso de voz salta exponencialmente
O uso da voz na publicidade digital deve crescer nos próximos 5 anos e as mídias sociais deverão se adaptar a esses formatos pois sua força continuará significativamente relevante para as marcas, destaca o estudo. O uso de smart speakers crescerá aproximadamente 77,3% ao ano, até 2023, quando o país terá cerca de 5 milhões de unidades desses dispositivos instalados nos domicílios.